Aos 29 minutos do primeiro tempo, Eriksen caiu sem contato com adversários. A rápida intervenção da equipe médica – com massagem cardíaca e desfibrilador – salvou sua vida. Naquele instante, o futebol lembrou a urgência de olhar com seriedade para a saúde do atleta e de todos nós.

O Diagnóstico e o Retorno aos Campos

Após o susto, exames concluíram que Eriksen tinha uma miocardiopatia arritmogênica que predispunha seu coração a ritmos perigosos. Para proteger sua vida, foi implantado um cardioversor‑desfibrilador interno (ICD), dispositivo capaz de detectar e corrigir arritmias. Com liberação médica, ele retornou às partidas em janeiro de 2022, mostrando não apenas resiliência física, mas também mental.

Aprendizados Médicos para Todos

O caso de Eriksen destaca pontos fundamentais na prevenção de eventos cardíacos:

1. Check‑ups Regulares

Exames de rotina — eletrocardiograma, ecocardiograma e exames de sangue — podem identificar condições silenciosas.

Atletas e não‑atletas devem manter calendário anual de consultas, especialmente a partir dos 35 anos ou em casos de histórico familiar.

2. Conhecimento dos Sintomas

Tontura súbita, palpitações intensas, perda de consciência e dor no peito exigem avaliação imediata.

 Em ambiente esportivo, todo integrante (jogador, comissão técnica, torcida) deve reconhecer sinais de emergência.

3. Treinamento em Suporte Básico de Vida (SBV)

Aprender RCP (reanimação cardiopulmonar) e o uso de DEA (desfibrilador externo automático) salva vidas.

Clubes, academias e escolas de futebol precisam dispor de DEA e capacitar suas equipes regularmente.

4. Estilo de Vida Saudável

Atividade Física Moderada: combinar exercícios aeróbicos (caminhada, corrida leve, pedal) com reforço muscular — pelo menos 150 min/semana.

Alimentação Balanceada: priorizar frutas, verduras, cereais integrais e gorduras boas (azeite, oleaginosas).

Sono e Gerenciamento de Estresse: ter 7–8 horas de sono noturno e adotar práticas de relaxamento (meditação, técnicas de respiração).

Evitar Tabagismo e Consumo Excessivo de Álcool: ambos aumentam a sobrecarga cardíaca e o risco de arritmias.

O Papel do Esporte na Saúde Cardíaca

A história de Eriksen reforça como a paixão pelo futebol e o cuidado com o coração caminham lado a lado. A prática esportiva, quando bem orientada, fortalece o músculo cardíaco, melhora a circulação e ajuda a controlar fatores de risco — como obesidade, hipertensão e colesterol alto.

Dica FUTFAN: antes de intensificar treinos, faça uma avaliação cardiológica completa.

Lembrete GS2: um coração saudável não é apenas para atletas de elite — é a base de qualidade de vida para todos.

Que a trajetória de retorno de Eriksen inspire atletas de fim de semana, profissionais e famílias inteiras a colocar o coração — e a saúde — sempre em primeiro lugar.

Divulgação: GOAL