Nos últimos dias, Marinakis não apenas injetou recursos na proposta de recompra das ações do clube carioca, mas também passou a discutir a inclusão do Glorioso na rede global de clubes que administra — Nottingham Forest, Olympiacos e Rio Ave.

Em meio à disputa pelo comando da Eagle Football Holdings, que detém o controle da SAF alvinegra, Textor recorreu a Marinakis para fortalecer sua proposta de recompra das ações junto aos demais sócios, incluindo investidores da Ares Management.

A proposta do empresário americano, apresentada na última quarta-feira, prevê a criação de uma nova holding nas Ilhas Cayman, na qual o executivo seria acionista majoritário e Marinakis, sócio minoritário. Além da injeção de recursos, representantes do grego têm participado ativamente das negociações. O objetivo é separar o Botafogo da rede de clubes europeus idealizada por Textor, blindando o clube das disputas internas na Eagle e garantindo autonomia na gestão diária.

A adesão do Botafogo ao grupo do empresário grego traria ao Glorioso acesso a intercâmbio de atletas, know-how em gestão esportiva e potencial aumento na visibilidade internacional, projetando o clube carioca em novos mercados.

Entretanto, o caminho não está livre de obstáculos. Textor ainda enfrenta uma pendência judicial com a Ares Management, que detém garantias sobre o Botafogo e o RWDM Brussels em função de um empréstimo de 2022 que ultrapassa US$500 milhões com juros.

Caso o acordo de recompra não avance dentro dos termos esperados, a Ares pode ativar essas garantias e tentar retirar Textor do comando de suas empresas esportivas.

Neste contexto, Marinakis surge como uma nova peça no tabuleiro porque, além da relação antiga com Textor, tem interesse antigo em investir no futebol brasileiro. Além da negociação com o Vasco no ano passado, o grego assinou memorando para investir na base do São Paulo.

O bilionário grego será o novo credor de Textor, que está confiante na recompra das ações do Botafogo junto à Ares. O americano ainda é o dono da Eagle Football Holdings, mas não participa mais das decisões da empresa.

Divulgação: Botafogo